terça-feira, 16 de janeiro de 2007

Um deus


Um dia hei-de inventar um deus... Um que há-de ter tanto de bonzinho como de malandro e folião. Um que seja boémio e não se importe com sacrifícios; que não castigue e que, volta e meia, dê o ar da sua graça que há-de ser grande e provocará gargalhadas!
Um dia hei-de ser eu a inventar um deus, ao qual nunca elevarei altares, nem ofertarei flores, nem queimarei velas ou incensos. Nem ele quereria, porque um deus por mim inventado não liga nada a essas coisas pequeninas!
No meio da sua omnipotência por mim inventada, nada fará por quem o segue, porque há-de ser preguiçoso... E é neste ponto que mais se parecerá com os outros deuses que por aí andam, inventados por outros. O resto há-de ser tão humano como eu...
Um dia hei-de ser criadora... Hei-de criar um deus à minha imagem e semelhança... Dos que não há por aí!

3 comentários:

barrigagolfinho disse...

Uma espécie de Baco, portanto! :p
Gosto muito da música, aliás, do albúm! :) Beijo

Joker disse...

Um deus, que serás tu mesma reflectida noutros olhos...
Um deus que será feito de Amor...

Até outra magia...

(Também quero um deus assim!)

perdida em Faro disse...

Andas muito divinizada...
Carência de fé é essa? Procura o teu DEus em ti, és tu o teu Deus e tens no teu corpo e nos de quem te rodeia e de quem gostas os templos e os espaços de criação para a vivência desta religião maior que tudo:a vida.