terça-feira, 5 de dezembro de 2006

Toma (-me)


Toma... Toma-me! Aqui me ofereço a ti... Estou-me na ponta dos dedos destas mãos que te estendo e quase caio de mim na tentativa de te chegar... Vá, agarra-me! Estou já nas pontas dos dedos destas mãos que te estico e o chão é longe e já escorrego!
Toma-me... Antes do cansaço de esticar os braços os faça recolher ao conforto de se encolherem e aí caio mesmo dos dedos já dormentes onde me poisei para me ofertar a ti!
Toma-me... Não demores muito... os dedos já tremem... Sinto que tremem e quase escorrego...
Antes que os braços recolham... toma-me...

2 comentários:

perdida em Faro disse...

Não é um texto fácil. DE ler ou de sentir e interpretar mas eu não gosto e nem nunca gostei de coisas fáceis e nem pouco inteligentes. Talvez por isso te diga que este texto, com uma sonoridade marcadíssima pelo T é dos teus textos (meus ) preferidos!

Folha de alface disse...

lindo, lindo, lindo