terça-feira, 15 de abril de 2008

Ensinamentos


Não sei ensinar palavras de amor... Sei dizê-las (pois, se as sinto...!) E dizê-las é, por vezes, tão fácil, como fácil é olhar para coisas belas e apreciá-las.
Mas ensina-las não sei! Não saberia sair de casa, pasta na mão, toda feita a ir leccionar palavras de amor a outros que não soubessem dizê-las. Eu, isso, não sei fazer (e no entanto é tão fácil dizer-tas!)...
Não saberia explicar por regras sintáctico-semânticas o uso do léxico (que trocamos) adequado a amanheceres, a anoiteceres e a outros momentos do dia.
Não saberia explicar casos-excepção (como quando se cala a boca e se põem os olhos a dizer palavras amorosas), nem a curva de entoação ideal para enfeitar essas palavras que digam o amor! Não consigo imaginar-me a ensinar por combinações de sons vocálicos e consonânticos a maneira mais bonita de se dizer que se ama...
Mas penso... Quem precisa aprender estas coisas? Só quem não as sente e quem não as sente não precisa saber dizê-las!
Eu digo (-tas)! E todos sabem porquê...

Imagem de Charles Tatcher

3 comentários:

Anónimo disse...

Eles nem precisaram das minhas palavras. Bastou-lhes um olhar e, num segundo, se tanto, perceberam que eu tinha encontrado Tuvalu. Aliás, perceberam-no antes de mim :)

barrigagolfinho disse...

"Quem precisa aprender estas coisas? Só quem não as sente e quem não as sente não precisa saber dizê-las!"
Nem mais, és uma fixe! ;)
Beijo

barrigagolfinho disse...

Correcção: Por vez do "Nem mais", põe um "É muito por aí". :)
Gostei mesmo deste texto!